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Olá amigos!

Migrei esse blog agora para um novo endereço.

A partir de agora ele está em www.walteramorim.net.

Toda a sua base de dados está lá e mais os novos posts que tenho colocado.

Atualizem seus bookmarks, por favor  e  obrigado por visitarem nosso blog.

Lei do Caminhão de Lixo

Um dia peguei um taxi para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa,
quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente.
O taxista pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz! O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós nervosamente. Mas o taxista apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo. E ele o fez de maneira bastante amigavel.
Indignado lhe perguntei: ‘Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!’
Foi quando o motorista do taxi me ensinou o que eu agora chamo de “A Lei do Caminhão de Lixo.”
Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai
carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e de desapontamentos. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente. Isto não é problema seu!
Apenas sorria, acene, deseje-lhes o bem, e vá em frente. Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, EM CASA, ou nas ruas. Fique tranquilo… respire E DEIXE O LIXEIRO PASSAR.
O princípio disso é que pessoas felizes não deixam os caminhões de lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta, não leve lixo. Limpe os sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais, ódio e frustações.
Ame as pessoas que te tratam bem. E trate bem as que não o fazem. A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe.

por Paulo Araújo – twitter.com/pauloaraujo07

Meu primeiro chefe costumava dizer que os dias ficam mais cinzentos quando estamos cheios de problemas.

Mas afinal o que é um problema? E todo problema é ruim?

Na vida e na carreira não tem como fugir dos problemas. Eles estão por toda a parte, perseguindo e até mesmo o fato de não ter um problema, posso garantir que já é um problema.

Nossa relação com os problemas começam cedo. Quando crianças temos problemas demais em montar brinquedos difíceis ou em conseguir comida na hora da fome. De pois chega a vida escolar e começamos a ter problemas com notas, provas, lições esquecidas, bagunça na sala e descobrimos que matemática se aprende como? Resolvendo problemas!

Mas é injusto culpar os problemas por todas as mazelas e como é praticamente impossível livrar-se deles melhor é tentar conviver e a aprender com os fatos problemáticos da nossa vida.
A primeira coisa a fazer e assim mudar sua perspectiva é separar os problemas em duas categorias:

1. Problemas que não agregam valor, e;
2. Problemas que agregam valor.
Simples assim!
Os problemas que não agregam valor são aqueles que de uma forma ou outra poderiam ser evitados. O carro quebrou? Pergunte: a revisão estava em dia? A apresentação com o cliente foi péssima? Pergunte: Eu estava preparado? Eu tenho certeza que para a maioria dos problemas que não agregam valor um dos motivos para ter acontecido em 99% das vezes é sempre o mesmo: falta de tempo. E falta de tempo está relacionado diretamente com o que você considera prioritário na sua vida. Para reduzir drasticamente os problemas que não agregam valor você precisa rever suas prioridades de vida e não querer ter tudo ao mesmo tempo. Problemas que não agregam valor só geram passivos, nos fazem perder dinheiro e tempo, resultando tudo isso em mais… Isso mesmo: problemas!

Os problemas que agregam valor são aqueles que surgem devido a ações que o levam a um círculo virtuoso. Estudar muito e falar inglês fluentemente leva a novas propostas de emprego. Trocar de emprego é um problema? Sim, mas neste caso um problema bom. A empresa acertar em cheio no lançamento de um produto e se as vendas superarem as expectativas é muito melhor do que não vender nada e ficar com todo o estoque encalhado. Problemas que agregam valor têm como característica trazer satisfação a quem os criou, seja ela profissional, pessoal, espiritual ou financeira. Esse tipo de problema traz novos desafios, aprendizado, mas cuidado para não transformar um problema que agrega valor em um que não agrega valor.

O problema maior dos problemas é que as pessoas enx ergam todos como pesos, dificuldades e não separam os que agregam dos que não agregam valor e assim por preguiça, falta de tempo, visão e foco passam a vida resolvendo em grande parte só os problemas que não agregam valor. E isso cansa demais!

Classifique já os problemas da sua vida e perceba para quais deles você deve demandar mais tempo e esforço em suas soluções, priorize e prepara-se para criar mais problemas que agregam do que não agregam. E simples assim, complicando o mínimo possível seus dias cinzentos que passarão a ser mais ensolarados com um belo céu azul. Isso é um problema? Só para quem não gosta da cor azul ou vive acinzentando a própria vida.

Paulo Araújo:
Palestrante e escritor

Dias de pressa

Tenho sempre a convicção que certas situações ou eventos não são mero acaso: Depois de acabar de chegar de uma viagem de feriado, que emboar tenha dado tudo certo mais para isso só houve correria, onde mal tivemos tempo para comer direito, eis que dou de frente com este texto onde fico imensamente feliz que consegui realmente com todas as atribulações manter o bom humor e cuidar do lado espiritual todo o tempo. Será que estou aprendendo? Vamos ao texto.

 

Do momento espírita. Site Momento de reflexão.

Você já teve a impressão de que os dias se passam cada vez mais céleres? Já passou pela sensação de Natais cada vez mais próximos uns dos outros, ou de semanas que passam tão corridas, que nem notamos os dias que escoam?

Esses são dias de pressa, de correria, de intensidade. São dias onde as necessidades, deveres e compromissos se avolumam, e dias, noites, semanas são ocupados intensamente, e já não vemos o tempo passar.

Já não mais nos debruçamos na janela da vida, para ver a vida passar. Não há tempo, com tão pouco tempo, para ver a vida. Só nos sobra tempo para vivê-la.

Com a mente constantemente ocupada, o pensamento está sempre no próximo compromisso, no dever seguinte, no compromisso que se aproxima.

Passa-se a viver o tempo dos nossos compromissos, o tempo da agenda cheia de datas, o tempo de fora.

E o nosso tempo de dentro? O tempo de nossos sentimentos, do nosso corpo, das necessidades internas, será ele o mesmo tempo de fora?

Ao nos atrelarmos a tanto e a tudo, os olhos, mente e preocupações ficam com as coisas de fora e esquecemos das coisas de dentro.

O tempo que nos impusemos para viver, não é o tempo do nosso organismo e de nossas emoções.

Quantas vezes as refeições são engolidas ao atropelo, quando não esquecidas, prejudicando o aparelho digestivo?

E a mente exigida intensamente, o controle emocional sob pressão constante, os sentimentos sempre em desafio não encontram espaço para serem cuidados.

Vivemos como se tivéssemos somente um mundo externo a cuidar, sem preocupações com o corpo, descomprometidos com a alma.

Como resultado, doenças que se instalam precoces, níveis de stress ou fobias se instalando em nós, sinalizando que algo está errado.

É verdade que a vida é feita de desafios, e que devemos cumprir nossas obrigações profissionais, buscar melhorar nossa condição de vida, dar conta dos compromissos assumidos.

Mas nada disso nos impede de vivermos como alguém que não esqueceu que tem alma, e que o corpo é somente veículo de que essa se utiliza, buscando aprendizado.

Desta forma, não se deixe envolver tão intensamente pelas coisas do mundo, já que ele é passageiro, e de eterno, somente sua alma.

Coloque na sua agenda também o seu tempo de oração, os momentos de meditação, as horas de reflexão tão necessárias para a vida de dentro.

Dê a si mesmo a oportunidade de almoçar com o prazer de sentir o gosto da comida, de desfrutar da companhia de quem compartilha a mesa, de respeitar o tempo de dentro.

Mesmo que a vida nos exija muito, e o tempo fique exíguo, as coisas de dentro terão sempre tanta importância quanto as coisas de fora.

Pensemos nisso.

OS 10 MANDAMENTOS DO SUCESSO

1. Sempre diga que hoje é o melhor dia de sua vida; portanto, não o sobrecarregue com lembranças dolorosas do ontem, nem com temores covardes do amanhã.
Viva cada dia com entusiasmo e intensidade.

2. Construa você mesmo a sua vida: não permita que opiniões e erros alheios te conduzam ao fracasso.

3. Sempre irradie amor, cordialidade e simpatia… Distribua teus tesouros espirituais, pois, quanto mais você der, mais enriquecerá.

4. Não ajude esperando receber algo em troca.
A maior fonte de energia está em você mesmo; quando aprender a utilizá-la, descobrirá o quanto já é rico e forte.

5. Seja honesto, pontual e exigente com você mesmo. Quem não se disciplina, desperdiça tesouros de energia física e mental, acabando por destruir-se.

6. Jamais se esqueça de cuidar do corpo e da mente, conservando ambos sadios. Como os males de um se refletirão infalivelmente no outro, os dois merecem, por igual, atenção constante.

7. Tenha paciência. Jamais duvide da continuidade da vida e de que a vitória pertence aos que sabem esperar o momento certo de agir.

8. Fuja da extravagância e do desperdício, pois, afinal, o equilíbrio na vida é um bem inestimável.

9. Diariamente, faça uma avaliação da sua vida . Veja o que merece, na verdade, sua real atenção e, o que for supérfluo, “elimine de sua vida”.

10. Após tomar uma decisão de forma consciente e livre, jamais se afaste dela. Não mude seus objetivos. SABER QUERER É A BASE PARA VENCER.

Sobre o autor

Gabriel Vitola Zanatta é Investidor da Bolsa de Valores (Bovespa) desde o ano de 2001, cursa Gestão Financeira na Universidade Luterana do Brasil, Cursou Jornalismo até o 8a semestre, Diretor Vice-Presidente da Zanatta Participações e Empreendimentos, Sócio Fundador da GWV8 Empreendimentos, Sócio da Corleone Informática, Consultor TOP da Rede Cap Brasil, Presidente do Movimento Grêmio Vencedor, Palestrante e Conferencista de Investimentos, Positivismo e Negócios, você pode ler mais artigos do Gabriel no www.suamente.com.br

Artigo originalmente publicado em  incorporativa.com.br

 

O primeiro dia de trabalho na empresa é mágico. Depois de diversos exames e entrevistas, o jovem alcança o sonhado “primeiro emprego”- um dos principais ritos de passagem da vida. Agora o jovem não é mais apenas um estudante, é um profissional.

 

Muitas expectativas se mesclam aos sonhos de sucesso e realização, é o início de uma nova fase com muitos desafios que são, na verdade, o principal combustível para seguir adiante. Os primeiros lideres, que serão exemplos, são conhecidos e os modelos de trabalho deles ajudarão a formar a expectativa de uma carreira de muito reconhecimento. Tudo que acontece é emocionante e os olhos brilham a cada nova tarefa realizada.

Qualquer profissional já passou por esta situação e sabe que por mais que possa parecer inocente e ingênua, a experiência é marcante e fica cristalizada na mente de cada pessoa por toda a vida. Contudo, nos tempos atuais, diversas coisas alteram os acontecimentos após este “dia mágico”.

Os desafios dão lugar às tarefas cansativas, os “lideres” se transformam em competidores agindo muitas vezes com incoerência, a cobrança por resultados é a única coisa constante e o reconhecimento passa a ter o aspecto abstrato e distante.

O tempo todo vemos pessoas insatisfeitas com sua profissão, buscando incessantemente compensações e benefícios que tornem o trabalho minimamente suportável e projetando sua felicidade em algum momento no futuro, mesmo que seja no final de sua trajetória como profissional. Seria então uma utopia considerar o trabalho como algo gratificante?

Nos tempos atuais, observamos que a tênue separação entre o “pessoal” e o “profissional” já não reflete a realidade na dinâmica de trabalho das pessoas.

Hoje, emails são respondidos durante festas de aniversários, relatórios são preparados na cama enquanto se assiste o filme favorito, negócios são fechados por celulares durante caminhadas em parques e em muitas outras situações análogas. Pode-se afirmar com segurança que, de algum modo, o trabalho invadiu a vida pessoal.

Como consequência direta deste cenário, profissionais buscam cada vez mais, empregos onde possam também contemplar sua vida pessoal.

Hoje se valoriza um ambiente de trabalho mais flexível e informal que permita trazer aspectos pessoais para a rotina do trabalho, além disto, espera-se dos chefes um comportamento coerente e que promova o auto-desenvolvimento através de desafios.

No campo das idéias e conceitos esta realidade é perfeita, mas para que ela possa fluir sem problemas é preciso também que o conceito de “carreira profissional” seja remodelado individualmente.

Por muitos anos a carreira profissional esteve associada a ampliação de desafios e reconhecimento pessoal, criando assim uma correlação que é absolutamente impraticável nos dias atuais, quando os níveis hierárquicos são cada vez menores e a quantidade de posições disponíveis no “alto da pirâmide” organizacional se torna reduzida a cada crise mundial.

Devemos realinhar nossa expectativas de “carreira” lembrando que, com a ampliação da expectativa de vida, dificilmente teremos apenas uma “profissão” em nossas vidas.

Precisamos concentrar nossos esforços e expectativas de desenvolvimento pessoal em desafios e projetos e não mais em uma carreira, sabendo que a profissão ou o emprego atual é só um meio para algo muito mais verdadeiro que a carreira profissional.

Proponho que não tenha muitas expectativas sobre títulos e cargos. O importante são os desafios que você conquista e a forma que utiliza para superá-los.

Durante nossa trajetória teremos bons empregos e péssimos chefes ou ótimos lideres e terríveis ambientes de trabalho, as escolhas que você fizer e a forma que irá utilizar para realizá-las irá determinar sua verdadeira carreira.

Seu grande legado, seu supremo reconhecimento não acontecerá por uma carreira profissional, mas sim por sua carreira de vida.

*Sidnei Oliveira é Consultor, Autor e Palestrante, expert em Conflitos de Gerações, Geração Y, desenvolvimento de Novos Talentos e Redes Sociais, tendo desenvolvido soluções em programas educacionais e comportamentais para mais de 30 mil profissionais em empresas como Vale do Rio Doce, Scania, Lojas Renner, Coamo, Light, entre outras.

Formado em Marketing e Administração de Empresas, autor de vários livros sobre Liderança e Administração. Permaneceu no Banco Real por 20 anos, liderando equipes e desenvolvimento de produtos de automação bancária, reengenharia de processos, endomarketing, database marketing, comércio eletrônico, home banking e internet banking.

Diretor Geral e Fundador dos sites Achei!! e Zeek! até a venda da empresa para a StarMedia Networks, o primeiro negócio envolvendo a transferência de controle de capital em empresa de internet realizado na América Latina.

Atuou como diretor de desenvolvimento de produtos e ombudsman mundial da StarMedia Networks, além de empresas como Inova Tecnologia – Darby -Overseas, Metro Marketing Direto (empresa do Banco Alfa), criação e implantação de uma empresa de meios de pagamentos eletrônicos na América Latina com atuação a partir da Argentina (E-Financial Tecnologia).

“O tempo todo vemos pessoas insatisfeitas com sua profissão, buscando incessantemente compensações e benefícios que tornem o trabalho minimamente suportável “

 

O mundo corporativo

“As vezes voce me pergunta, por que que eu sou tão calado….  Raul Seixas”

Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz.
O gerente, besouro, estranhou a formiga trabalhar sem supervisão.
Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada.
E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e sai­da da formiga.
Logo, a barata precisou de uma secretaria para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
O besouro ficou encantado com os relatórios da barata e pediu, também, gráficos com indicadores e análise das tendências, que eram mostrados em reuniões. A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O besouro concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.

O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial.
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente (sua assistente na empresa anterior) para ajuda-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente besouro, que era preciso fazer um estudo de clima.
Então, o besouro, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes, e contratou a coruja, uma prestigiada e muito famosa consultora, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios, e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluí­a: Há muita gente nesta empresa!!
E adivinha quem o besouro mandou demitir?
A formiga, é claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.

271010_boladepapekl Outras Palavras – [Antônio Martins] Produzir um incidente grave, e atribuí-lo ao adversário, é uma das formas de virar uma eleição quase perdida. Serra e a Globo parecem ter tentado esta estratégia, em 20 de outubro. Foram derrotados por milhões de internautas – e pelo Twitter
Por volta da meia noite de quinta-feira (21/10), o professor José Antonio Meira da Rocha sentiu a aguilhoada de uma pulga, atrás da orelha. Três horas antes, ele havia assistido ao Jornal Nacional, e “quase” se convencera com as explicações do “perito” Ricardo Molina. Claro, havia exagero e encenação: é insólito fazer tomografia no cérebro depois de sentir na testa o choque de um rolo de fita adesiva. Mas as imagens pareciam mostrar que José Serra havia sido, de fato, atingido por um objeto um pouquinho mais pesado que uma bola de papel.

Como complemento a suas aulas de Jornalismo Gráfico, no campus de Frederico Westfalen da Universidade Federal de Santa Maria, José Antonio tem o hábito de debater, com os alunos, tratamento de imagens na internet ou na TV. Instalou em seu computador uma placa de captura de vídeo de 120 reais. Usa o programa Avidemux (eu Ubuntu-Linux) para examinar quadro a quadro tudo o que assiste.

Algo chamou a atenção de José Antonio, quando analisava as imagens da Globo. A suposta fita adesiva surgia do nada. Não aparecia nem antes, nem depois de tocar a cabeça de Serra. O professor comparou com as cenas da bolinha de papel. Nestas, há uma trajetória, um antes e um depois – ainda que o objeto surja naturalmente distorcido, como um risco de luz.

O professor José Antonio considera risível o trecho em que o “perito” Ricardo Molina assegura, em seu laudo das 23h09 de 22/10, que Serra foi atingido por um objeto real, descartando uma fusão de imagens. “Molina, um especialista em áudios, não deveria aventurar-se a análises de vídeo. Ao argumentar que o ‘objeto’ que aparece sobre a cabeça Serra não é ilusório porque tem formas definidas, ele reforça a hipótese contrária. A característica principal do efeito artifact é ser uma distorção. Imagens tênues assumem, quando muito comprimidas, a aparência de objetos com formas exageradamente geométricas. Enxergar o resultado como prova é grosseiro”.

Inquieto com uma fita adesiva que se materializava num único quadro, sem existência anterior ou posterior, José Antonio decidiu escrever uma mensagem a seus alunos e às listas de internet especializadas em jornalismo: uma na Universidade do Texas (seguida por dezenas de jornalistas brasileiros), outra no Fórum pela Democratização das Comunicações. Animou-se, enquanto redigia. Ao final, decidiu postar a análise também em seu blog. Foi dormir às três da madrugada de sexta (22/10). Ao acordar, às onze, estava fora do ar, devido ao excesso de audiência… O desmascaramento do Jornal Nacional de quinta-feira o feito mais decisivo na batalha que a velha e a nova mídia travaram, durante 48 horas e em dois rounds, começava a ganhar a blogosfera.

* * *

A disputa começou na tarde de quarta-feira. Ao decidir deslocar-se ao Calçadão de São Cristóvão, José Serra contrariou todas as estratégias razoáveis para a campanha de um candidato em segundo turno. Ao menos, para uma campanha normal: de convencimento, diálogo com formadores de opinião e geração de emoções positivas, capazes de se converter em votos.

No Rio de Janeiro, Serra teve seu quinto pior resultado no primeiro turno: apenas 22,5% dos votos1. Entre as centenas de zonas eleitorais do Rio, as sete que atendem os eleitores de Campo Grande2 estão entre as menos favoráveis ao candidato tucano. Nelas, sua média cai para 18%. Ele perde invariavelmente de Dilma e de Marina, chegando a 15,9% na 246ª zona – onde por pouco não ficou atrás de brancos e nulos (12,3%).

Por fim, em todo o extenso bairro de Campo Grande (o terceiro em área, no Rio), o Calçadão é, talvez, o setor mais adverso ao candidato. São três ruas curtas e muito estreitas, dominadas por comércio popular e ambulante (veja fotos e visão de rua, no Google). A dez dias das urnas, e cerca de dez milhões de votos atrás de sua adversária, quantos sufrágios seria possível recuperar por lá?

Milhões – caso se criasse um fato político capaz de provocar comoção nacional. A cinco minutos do Calçadão3, está localizada a sede do SintSaúde, o sindicato dos “mata-mosquitos”, agentes da Fundação Nacional de Saúde encarregados de parte do combate à dengue. Entre as milhares categorias profissionais em que se dividem os trabalhadores brasileiros, é, provavelmente, a que mais teme José Serra. No rastro do “ajuste fiscal” determinado por Fernando Henrique Cardoso em 1999, ele demitiu 6 mil destes trabalhadores de uma vez – um ato tido por muitos como causa do alastramento da epidemia, no período seguinte. A maior parte foi readmitida por Lula, anos depois.

A presença de Serra soaria aos “mata-mosquitos”, é evidente, como uma provocação. Na tarde de quarta-feira, um número expressivo deles preparou cartazes às pressas e se dirigiu ao Calçadão para contrapor-se ao candidato. Fizeram-no de modo pacífico. Foram agredidos pelos segurança do candidato e se exaltaram, o que permitiu à mídia gerar fotos e vídeos de tumulto.

Ainda assim, nenhuma imagem é capaz, até agora, de justificar as duas cenas em que Serra leva as mãos à cabeça – numa delas, produzindo impressão de dor; noutra, imediatamente após falar ao telefone. Foi em torno destas fotos e vídeos que se produziram as duas etapas da disputa.

* * *

A primeira vai da tarde de quarta-feira até a noite de quinta. Por volta das 15h, o site G1, da Globo “informa” que José Serra fora “atingido na cabeça”, após tumulto provocado por “militantes petistas” em Campo Grande. O filme que acompanha a narrativa, porém não sugere nada grave. O candidato aparece sereno, em todas as cenas. Na última, em que se retira da área, acena e sorri.

Na sequência, produz-se algo curioso. A Globo deixa de destacar, em seus sites, o vídeo que ela própria produzira. Ele é substituído por uma foto estática, na qual Serra curva-se para baixo, leva as mãos à cabeça e é circundado por pessoas que gritam. A notícia ganha dramaticidade crescente. O candidato submete-se a tomografia e é aconselhado, por um oncologista (!) ligado ao PSDB e ao DEM4, a 24 horas de repouso.

O jornalista Paulo Henrique Amorim reage quase de imediato, em seu blog. Percebendo grande exagero na repercussão dada ao incidente, compara José Serra a Roberto Rojas, o goleiro da seleção chilena que, em 1989, simulou ter sido atingido por um rojão em jogo contra o Brasil, em 1989. Começa, com este mote, a primeira grande onda de resistência à manipulação. Seu meio principal é o Twitter, onde toda postagem pode associada a um assunto (“tag”) e é possível, graças a isso, acompanhar o que milhões de pessoas escrevem sobre o mesmo tema.

Em algumas horas, a “tag” #serrarojas espalha-se. A corrente leva milhares de pessoas à investigação jornalística – um fenômeno muito mais potente que o antigo “esforço de reportagem” dos jornalões. Na busca, descobre-se o vídeo do SBT sobre a caminhada.

A novidade desperta uma catarse. Parece desnudar-se, de forma patética, um comportamento farsesco, presente em toda a campanha de Serra. “Hoje aprendemos que, quando atingidos por uma bolinha de papel, devemos fazer tomografia”, diz uma postagem de ironia sutil, no Twitter. Centenas de outras debocham do fato de o candidato ter manifestado dor vinte minutos depois do choque com a folha de papel A4 amassada – e logo após ter recebido um telefonema.

Lula, que na quarta-feira estivera a ponto de telefonar a José Serra, solidarizando-se com ele contra a “agressão” sofrida, executou um giro. Na manhã de quinta, ao inaugurar o polo naval do Rio Grande do Sul, fez uma declaração que mudaria o curso da campanha, por obrigar Serra a atacá-lo diretamente. “A mentira que foi produzida ontem pela equipe de publicidade do candidato José Serra é uma coisa vergonhosa. Ontem deveria ser conhecido como dia da farsa, dia da mentira. (…)Espero que o candidato tenha um minuto de bom senso e peça desculpas ao povo brasileiro pela mentira descarada”

Entre a manhã e a tarde de quinta-feira, #serrarojas tornou-se uma preferência mundial, um fenômeno tão impressionante quanto o “Cala Boca, Galvão” — que chegou a merecer, durante a Copa do Mundo, uma capa de Veja… Nesse mesmo período, começou, porém, uma reação. Diante da chacota que se seguiu à revelação de que uma bolinha de papel “ferira” José Serra, surgia – vinte e quatro horas depois do incidente de Campo Grande – um “novo” vídeo. Feito pelo repórter Ítalo Nogueira, num telefone celular, tem qualidade muito precária. Apareceu primeiro no site da Folha de S.Paulo, no meio da tarde de quinta. Embora tenha tomado a iniciativa de divulgá-lo, a sucursal carioca do jornal jamais chegou às conclusões que a Rede Globo sacaria (leia coluna de Jânio de Freitas a respeito).

À noite, poucas horas depois de difundidas, as novas imagens ganhavam o país por meio do Jornal Nacional. Eram uma espécie de revanche: por isso, precisavam ser tratadas como verdade absoluta. Ocuparam sete minutos do noticiário – um tempo só concedido, em condições normais, aos grandes acontecimentos nacionais ou internacionais. Zombavam de milhões de usuários do Twitter, e do próprio Lula. Ressuscitavam a foto dramática em que Serra leva as mãos a cabeça. “Explicavam” que, além da bolinha, o candidato havia sido atingido por outro objeto, “mais consistente”. Vinham com a suposta chancela do “perito” Ricardo Molina – um “especialista” cultivado pela Globo, cujo currículo inclui a tentativa de culpar o MST pelo massacre de Eldorado de Carajás; de “demonstrar” que PC Farias suicidou-se; e de inocentar o casal Nardoni pela morte da menina Isabela.

Tinham o poder da Rede Globo: sua audiência, sua capacidade de repercutir imediatamente e influenciar outras mídias. Tudo indica que teriam promovido um tufão. Em especial, porque supostamente desautorizavam os dois pilares essenciais à candidatura Dilma: a mobilização social e o apoio do presidente mais popular da história do país. Em outras condições, teriam permitido à emissora exercer o mesmo papel que desempenhou nas eleições de 1989 – e que tentou cumprir em 2006.

Agora, foi diferente. O professor José Antonio Meira Rocha foi o primeiro a contestar o Jornal Nacional e seu “perito”. A partir das primeiras horas da manhã de sexta, o Twitter deu publicidade intensa e rápida a seu esforço. Em algumas horas, desenhava-se um novo fenômeno na internet, mais consistente que o anterior. Agora, a “tag” #globomente substituía #serrarojas. Já não era apenas o desprezo às mistificações de um candidato – mas o protesto claro contra um sinal evidente de manipulação mediática, praticado pela maior emissora do Brasil.

A análise de Meira Rocha fora feita com equipamento amador, nas últimas horas de vigília após um dia de trabalho. Mas o Twitter deslanchou uma nova onda de esforço coletivo. Na trilha aberta pelo professor, e dispondo de mais tempo, outros estudos evidenciaram com clareza ainda maior os sinais de fraude imagética. Vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais, o advogado Marcelo Zelic publicou no YouTube um estudo intitulado “Farsa em 6 partes”. Nele, além de destacar a ausência de trajetória na “fita crepe”, no vídeo exibido pela Globo, aponta os primeiros sinais de fusão deturpadora de imagens. Ao contrário do que ocorrera ao ser atingido por uma bolinha de papel, Serra permanecia inteiramente impassível, diante do choque com o que Molina chamara, na véspera, um “objeto maior e mais consistente”. Além disso, as cenas da “fita crepe” haviam sido fundidas com a foto em que o candidato leva as mãos à cabeça, em sinal de dor. Houvera um lapso de vinte minutos, entre os dois momentos. Juntá-los, como se fizessem parte de uma mesma sequência, era sinal evidente de má-fé.

Mas o estudo em que os sinais de falsificação são mais consistentes – e mais úteis, para uma investigação futura – é, provavelmente, “Bolinhagate”, postado também YouTube pelo cineasta Daniel Florêncio. Graças a sua experiência no tratamento de imagem, Florếncio aponta com clareza dois fatos eloquentes. O suposto rolo de fita crepe que teria “atingido” o candidato é, na verdade, distorção da cabeça de um correligionário, que está bem atrás de Serra. Ele permanece impassível simplesmente porque não pode sentir um impacto que não houve. O vídeo foi fundido com outra cena (Florêncio aponta o instante preciso da fusão, destacando objetos que surgem e desaparecem, em cada um dos trechos), para transmitir a falsa impressão de que, depois de “atingido”, Serra leva as mãos à cabeça.

A multiplicação das evidências de fraude, apontadas cada vez com mais detalhe, produz um novo fenômeno no Twitter. Na sexta-feira (22/10) à tarde, a “tag” #globomente está entre as três mais mencionadas, em todo o mundo. A Globo foi nocauteada no segundo round. O assunto desaparece por completo do Jornal Nacional, nesse dia e em todos os seguintes. Às 23h09, entra a nota do “perito” Molina, a tentativa de colocar uma pedra sobre o assunto.

No final da noite de sexta, o jornalista Paulo Cesar Rosa, diretor da Veraz Comunicação, de Porto Alegre, posta, via Twitter, uma hipótese perturbadora: “Se bobear, o Serra saiu, da entrevista que deu no dia anterior à Globo, com o roteiro da bolinha pronto”… Mais dois estudos – estes postados por Arcosta, no YouTube, dão força a esta possibilidade dramática. Eles (1 2) reúnem evidências de que a própria bolinha de papel que atingiu Serra tucano foi atirada não por “militantes petistas”, como a Globo fez questão de difundir desde o primeiro momento – mas por um guarda-costas do próprio candidato tucano…

artigo original

Primeira parte A seman que as elite perderam a noção – a batalha de campo grande (I)

Estou abismado em saber como as elites tentam manipular as pessoas. O jogo é mais pesado do que se possa imaginar.

271010_boladepapekl Outras Palavras – [Antonio Martins] Como a velha mídia manipulou imagens e fatos, para tentar forçar a vitória de Serra. O papel da blogosfera na desmontagem da farsa e a necessidade de uma democratização radical das comunicações
A esta altura, restam muito poucas dúvidas: tudo indica que também o vídeo da suposta “segunda agressão” a José Serra no bairro carioca de Campo Grande (20/10) foi manipulado pela Rede Globo. Denunciada mundialmente no Twitter, na sexta-feira (22/10), após a aparição de análises que demonstram fusão falsificadora de imagens, a emissora não procurou se defender, nas edições seguintes do Jornal Nacional. Sua redação paulista fora palco, na véspera, de uma cena insólita. Os próprios jornalistas vaiaram a “edição” das cenas em que o candidato do PSDB é atingido por um rolo de fita adesiva, materializado do nada. (leia relato de Rodrigo Vianna). Na madrugada posterior às denúncias de fraude (23h09 de 22/10), o site da Globo exibiu discretamente uma nota do “perito” “Ricardo Molina. Redigido depois que os sinais de fusão fraudulenta de imagens tornaram-se evidentes, o texto procura, em essência isentar a emissora em investigações futuras sobre falsificação. Molina alega que analisou material “encontrado na internet” (veja análise de CDM, no Blog do Nassif).

À medida em que a primeira certeza se consolida, começa a se desenhar uma segunda. A provável manipulação de imagens não foi um fato isolado. Ela articula-se com outro assunto que dominou o noticiário da velha mídia esta semana. Vazaram os depoimentos que o jornalista Amaury Ribeiro prestou à Polícia Federal, no inquérito sobre a quebra dos sigilos fiscais de Verônica Serra e outros expoentes do PSDB. O processo corre em sigilo de justiça. Porém, por serem parte envolvida, os advogados de Eduardo Jorge Caldas, ex-tesoureiro de campanha do partido, pediram, através de liminar, acesso às peças. São a fonte óbvia da inacreditável sequência de matérias publicadas, também a partir de 22/10, pela Folha de S.Paulo e Jornal Nacional.

Aqui, já não se trata, como se verá no terceiro texto desta série, de manipulação de imagens – mas de substituição explícita do jornalismo pelo panfleto partidário. Tendo acesso exclusivo ao depoimento de Amary Ribeiro, a Folha e o JN esconderam de seus leitores uma série assombrosa de informações ou pistas de grande relevância. Preferiram destacar em manchete, durante quatro dias, uma penca de ninharias, pinçadas com claro intuito de servir à campanha de José Serra. A tentativa foi reforçada pela edição de Veja que circula este fim-de-semana.

Iniciado na quarta-feira – poucas horas, portanto, depois de o candidato tucano comparecer à Globo para uma entrevista ao vivo no Jornal Nacional – o movimento inclui sinais de ataque flagrante ao direito à informação, praticado por empresas que se beneficiam de concessão e pesados subsídios públicos. Foi, provavelmente, concebido para desencadear, a onze dias do pleito, a última tentativa de vitória do candidato conservador, numa disputa em que está em jogo, também, o destino das reservas do Pré-Sal.

A força da velha mídia chocou-se, porém, com a rebeldia da internet. Entre quarta e sexta-feira, as manipulações imagéticas e factuais foram desfeitas por uma rede – auto-organizada e informal, porém muito potente – de busca e difusão da verdade. Personagens quase-anônimos desmontaram, com inteligência e conhecimento, as tentativas da Globo de fabricar a “agressão” a Serra. Jornalistas como Luís Nassif demonstraram o caráter partidista das “reportagens” da Folha. Graças ao Twitter e ao Facebook, cada nova descoberta era retransmitida instantaneamente por milhares de pessoas, o que estimulava novas investigações.

No momento em que este texto é concluído, a batalha não está decidida. O contra-ataque da blogosfera – reforçado por uma fala corajosa, de Lula, denunciando a farsa pró-Serra (na quinta-feira, 21/10) – amedrontou temporariamente a Rede Globo, a Folha e a própria campanha do PSDB. Desde sexta à noite, quando difundiram-se os vídeos que desmentiam o Jornal Nacional, a investida refluiu. O recuo, a esta altura, pode ter sido fatal para as Serra. Após as eleições será indispensável investigar o episódio da semana passada. A depender da mobilização social, ele poderá ser conhecido, no futuro, como o GloboGate. Ou o momento em que o setor mais conservador das elites brasileiras abusou descontroladamente do controle que exerce sobre a mídia, a ponto de provocar, como resposta, um amplo movimento pela democratização das comunicações.

Artigo original aqui

Continuação: Globogate: a batalha de campo grande

 

VOLTAR ATRÁS?!

“Para o governo FHC, a Petrobras morreria por inanição. Os planos do governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso eram para desmontar a Petrobras e vendê-la”, diz o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo. “Em 2003, quando a atual diretoria assumiu a gestão da Petrobras, havia em curso um plano claro de desmonte e esvaziamento de setores estratégicos da Companhia. Se essa tendência não fosse interrompida e revertida, a Petrobras praticamente extinguiria sua atividade de exploração, porque suas áreas exploratórias para buscar novas reservas de petróleo estavam se reduzindo, suas refinarias seriam desmembradas e as plantas de energia elétrica dariam prejuízos, sem perspectivas de recuperação do capital investido. A engenharia e a pesquisa e desenvolvimento da Petrobras seriam extintos”. As afirmações são do presidente da Petrobras em resposta às declarações de David Zylbersztajn, presidente da Agência Nacional do Petróleo no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Para o presidente da Petrobras, não restam dúvidas quanto aos objetivos do governo anterior de “preparar” a Petrobras para ser privatizada. “Gradativamente, todas as atividades da Petrobras estavam sendo preparadas para serem passadas para a iniciativa privada, com a exacerbação do conceito de unidades de negócio, praticamente autônomas”, completou, numa breve análise do quadro que a atual gestão encontrou na Petrobras em 2003 e das conseqüências maléficas que a privatização da maior empresa da América Latina traria para a economia brasileira.
José Sergio Gabrielli diz que a Petrobras teve sua participação nos leilões de novas áreas exploratórias limitada pelo Governo, para atrair outras empresas privadas na aquisição dessas novas áreas, ficando, portanto, fora da disputa por novos campos. Sem novas áreas, a sustentabilidade da Petrobras estaria completamente comprometida, contando com mais 4 ou 5 anos de atividade exploratória e deixando toda a riqueza do subsolo brasileiro para empresas estrangeiras. Já no início de 2003, no primeiro Plano Estratégico da Companhia da atual gestão, esse processo foi totalmente revertido: a Petrobras voltou a disputar áreas novas, dobrou suas reservas, e ampliou significativamente o portfólio exploratório, hoje com investimentos em exploração de mais de US$ 4 bilhões, enquanto em 2002 esses investimentos foram de menos de US$ 500 milhões.

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